quarta-feira, 30 de março de 2011

Acontece no mundo


Caro Leitor, este texto faz parte de um de meus trabalhos acadêmicos deste ano de 2011. Não tem a pretensão de ser um artigo científico, mas, quando reli pela ultima vez, acreditei em sua potencial adequação ao blog (mesmo sendo formal e tudo mais). Portanto, divido com vocês algumas de minhas peripécias acadêmicas.

 As investidas da ONU na Líbia e o Direito internacional.
Recentemente, com o desenrolar das revoltas populares na Líbia, o Conselho de Segurança da ONU, na tentativa de manter a paz internacional, e o desenvolvimento digno da população civil daquele país, decretou, por meio de resolução, válida a intervenção militar em território líbio. O Direito Internacional, cujo principal expoente é a organização das nações unidas, e sua carta constituinte, neste caso permitiu que se realizasse a intervenção militar, contrariando a ideia, difundida no senso comum, de que este ramo do direito se contrapõe ao uso da força.
O objetivo do Direito Internacional, quando permite tal intervenção, não é fomentar a guerra para a satisfação de interesses econômicos das potências que nele ocupam posições de prestígio. Mas sim, como consta na totalidade da Carta das organizações unidas, e como se transcreve seu primeiro artigo, para “Manter a paz e segurança internacionais”.
A revolta na Líbia adquiriu proporções exorbitantes, assumindo características de guerra civil. A repressão por parte do governo do Ditador Muammar Kadhafi violou brutalmente os direitos humanos. Houve represálias aos profissionais do jornalismo de outros países, que documentavam a ocasião. Além do fato de que as bases governamentais executaram, sumariamente, séries de expoentes do Conselho Popular Líbio, principal organização dos rebeldes, que se manifesta por um governo democrático.
A partir do contexto, a intervenção internacional se demonstrou necessária, e se deu de maneira pacífica, na tentativa de obter uma solução diplomática entre os rebeldes, e o governo. A organização das nações unidas prioriza a solução de conflitos por meios diplomáticos, dentre eles a negociação, a mediação, a conciliação, a arbitragem, dentre outros. Essa prioridade se dá segundo uma política de soluções pacíficas, que visa às soluções que gerem menor impacto na economia global, no meio ambiente, e que ofereçam menos riscos aos direitos humanos.
Entretanto, quando improdutivas as tentativas de solução pacífica, gera-se uma tensão, por conta da ameaça a paz e segurança internacionais. Este tipo de descumprimento demanda algum tipo de sanção. A sanção no direito internacional deve se pautar única e exclusivamente na resolução do conflito. No caso da intervenção militar, ela deve objetar a anulação da situação de ofensas aos direitos humanos, e o reestabelecimento do diálogo, e da negociação, entre as partes conflitantes. Nunca se pautará pelos interesses dos autores das investidas, membros da ONU, tampouco deverão impor algum tipo de regime, ou ideologia.
No caso Líbio, conforme é expressa na resolução 1973 (2011), do Conselho de Segurança, a intervenção militar foi autorizada após tentativas de negociação, por meio de pedidos de cessar-fogo expedidos contra o governo líbio, por exemplo, que se mostraram improdutivas, e pela continuidade das ações do governo líbio, que seguiu com ataques aos rebeldes, rechaçando qualquer tipo de comunicação. Esta intervenção teria por objetivo enfraquecer as bases do governo, reduzindo assim seu aparelho repressor, e, portanto, forçando-o a se submeter a uma solução pacífica.
A partir da análise acometida, pode-se concluir, portanto, que a intervenção na Líbia não atenta contra o direito internacional, mas faz parte dele, e contribui para a realização de seu objetivo principal, a manutenção da paz e segurança internacionais.
Ruy Barros.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Esclarecimentos breves e descompromissados.

Inicialmente, um feliz 2011 ao leitor que insistiu em retornar no ruyfbarros (não mais blogando bla bla...). É notável o tempo que passou, e a ausência de conteúdo neste site. O site do ibge atualiza mais rápido que o blog. Piadas a parte, mesmo por que sou muito ruim nisso, estou repaginando isso aqui. Sim, a mudança no layout e etc. são maneiras de tentar me inspirar a voltar a escrever. Como podem ver, estou atrás de um novo header, aquela "fotinha" que fica ali em cima com o nome do Blog. No momento, vai permanecer a simplicidade do texto seco.
Aliás, falando em simplicidade, quero tornar as coisas mais simples aqui. Então, tentarei fazer posts mais frequentes, dotados de menor eloquência. Por que? Estaria eu questionando a sua capacidade cognitiva, leitor? (não pare de ler agora!) Não! Jamais faria isso com vocês. Quem sou eu para questionar alguma coisa nas pessoas! É só para me sentir mais à vontade com isso tudo, e assim dar-lhes o (des)prazer de uma certa continuidade, e periodicidade.
O nome mudou. Não é mais Ruy Barros Blogando. Agora é só ruyfbarros. Informal, e só isso. O gerúndio, por mais que não pareça, me irritava. Acho que esse é o motivo pela ausência (se estou justificando a preguiça? Sim). Não sei se esse nome vai permanecer. Acho que posso mudar quando quiser, então... sugestões serão aceitas.
Encerrando o post, quero dizer que tentarei fazer acontecer de novo. E quero também deixar aqui registrado meus sentimentos ao povo japonês. O negócio lá não é brincadeira.
A todos que esperavam um post com muito conteúdo, desculpa. Aos que estão lendo pela primeira vez, bem vindo, e acostume-se. Aos que encontraram erros de português no texto, meus parabéns.
Para não deixá-los totalmente nervosos (olha como me importo com você), uma diversãozinha:

Evidente. Todos sabemos.

Mais tarde volto com alguma coisa.


Ruy Barros.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Procrastinação


A procrastinação é elemento muito presente em diversas áreas da sociedade, mas evidencia-se, de maneira muito mais latente, nos ambientes acadêmicos. Digo isso pois a procrastinação acadêmica é muito comum, trata-se da tendência de utilizar-se de longos prazos para postergar as atividades pendentes. Explico: A lógica natural das coisas deveria ser entendida da forma: “Preciso estudar” , para isso “preciso de tempo”, logo, se “tenho tempo” então “estudo”. Racionalidade simples e inquestionável.
Entretanto, o que se observa, curiosamente, é a tendência a usar o tempo disponível para fins diversos ao do estudo, sejam eles de caráter altruístico, monetário, organizacional ou fútil. Para determinar tais categorias, temos antes que determinar a definição de tempo livre: Livre, é aquele tempo que não é gasto com atividades necessárias, atividades sem as quais a existência (civil, econômica e física) do indivíduo é prejudicada. Sendo assim, suceder-se à burocracia, trabalhar, higienizar-se quando sujo, são exemplos de atividades necessárias. De tal maneira que o tempo livre é aquele compreendido entre tais atividades e o sono.
Partindo de tal definição, entendemos que a procrastinação advém da ocupação do tempo livre com atividades desnecessárias, ou que não estejam associadas a nenhuma obrigação institucionalizada, promovendo assim o atraso, ou a incapacidade, da realização das outras. Resumidamente: uma inversão de prioridades.
A procrastinação altruística consiste em destinar o tempo livre à filantropia. Monetária, é quando o tempo livre é destinado ao suprimento da ganância, ou seja, gasto com atividades lucrativas extra-profissionais. Organizacional, é quando o investimento temporal se concentra na limpeza de ambientes já limpos, ou na mudança da disposição dos móveis em uma sala, por exemplo. De caráter fútil, é quando o Tempo livre é investido em situações aleatórias, como o uso de redes sociais de maneira compulsiva, ou o puro e simples culto ao ócio.
É sempre bom lembrar, que a procrastinação se materializa quando ocorre o prejuízo das obrigações institucionalizadas. Estas são as obrigações determinadas pelas entidades acadêmicas (ou mesmo por entidades profissionais, legais, etc.). Sendo assim, a procrastinação toma o tempo que deveria ser destinado ao cumprimento de tais obrigações, de forma que uma vez estas cumpridas, não mais caracterizar-se-ia a procrastinação.

A tendência à última hora.

Conseqüência direta da procrastinação é a realização de trabalhos, textos, resumos, enfim, a produção acadêmica apressada, devido à proximidade do prazo de entrega. O interessante deste aspecto, é que mesmo se ocorra a extensão de determinado prazo, haverá a tendência procrastinante. Explico: Se o indivíduo foi induzido a realizar as tarefas na última hora, por causa da procrastinação, ele solicita a prorrogação do prazo final. Em caso de sucesso, o personagem, ao invés de seguir a ordem lógica, procrastina, retornando, assim, à mesma condição inicial.
Essa tendência é explicada pela psicologia como ausência da questão organizacional no gasto do tempo. Ou por transtornos de déficit de atenção. Matérias que não são passiveis de discussão neste recinto.

Conclusão:

Se você procrastina, procure um médico.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Pequena consideração sobre finais.

Finais são sempre muito peculiares. Quando finda-se um filme podemos nos sentir entusiasmados com o fim da trama, desejando ser como os personagens; ou podemos ficar com expectativa para ver a continuação, ou até mesmo com raiva por haver continuação... Quando finalizamos a leitura de um livro nos sentimos satisfeitos, repletos com a sensação de dever cumprido (ou de tempo perdido, nem tudo que reluz é ouro). Quando finalizamos uma conversa podemos também nos sentir entusiasmados com o que pode vir a seguir, ou decepcionados com os resultado desta.
Dentro dessa percepção, é fácil dizer que existem dois tipos de finais: o feliz e o infeliz. Feliz, quando o objetivo é alcançado, sem que seja despendioso por demais. Infeliz quando não se alcança o objetivo. A grande questão filosófica é que um mesmo final possui diversos objetivos. Sendo assim, um Final pode ser Feliz para algum aspecto e infeliz para outro, dependendo do que se toma por objetivo. É assim também nos finais sociais. Fim de um relacionamento, fim de uma vida... Todos eles podem ser um final feliz.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Rapidinhas 1

E os indicados para o prêmio de melhor ator do ano de 2010 são:

  • Joseph Saw : Atuou no filme "A estrada Vendida". Prestigiou também vários sucessos como:"Internacionalizar e Liberar é só começar." 
  • Didi Roussiph: Estrela máxima do filme "12 políticos e outros segredos". Em sua carreira atuou inúmeras vezes em filmes muito interessantes: "Terror em silent hill" e "Didi: a caçadora de votos"
  • Marlin Silvie: Estrelou no filme "Zona verde". Teve uma ótima carreira participando de filmes como: "A sem floresta" e "Minc: O rei da floresta" .
Não perca sua chance de votar no melhor ator de 2010! 


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A polêmica da camera com asas.

O dia ensolarado de hoje me fez pensar numa polêmica, que tem ganhado terreno em programas de TV, jornais, revistas e outros veículos... O Twitcam. Para quem não conhece, é um site que tem uma ideia muito nobre: promover transmissões gratuitas de áudio e vídeo, também conhecido por Videocast, visualizadas por qualquer indivíduo na rede. O site se baseia na intercomunicação com a rede dos pássaros azuis, para divulgação da transmissão, e participação dos (novamente me questiono qual seria a palavra correta...twitcamespectadores?) visualizadores.
O site representa uma ferramenta ímpar no que se refere á informação. É, sem dúvidas, uma ilustre ferramenta de comunicação. Entretanto, como todas as ferramentas de comunicação, apresenta certos perigos quando utilizada de maneira, para ser eufemista, peculiar. Sim, é terrível pensar que indivíduos, no auge de seus hormônios e de seus desejos de exibição pública, e quem sabe de possível fama, expõem-se de maneira absurda no Twitcam. É contra a lei. Entretanto, esse incidente que se desenrolou essa semana foi apenas a ponta de um iceberg imenso.
Desde que a webcam se enveredou pelos programas e sites de comunicação, as pessoas com certa tendência exacerbada ao sexo se exibem. Esse problema não surgiu hoje, ou essa semana. Acontece o tempo todo. Um exemplo dessa depravação, é o site "chatroulette". Onde o usuário participa de uma conversa com vídeo, ou videoconferências, com pessoas escolhidas aleatoriamente. Neste recinto de promiscuidade, só se vê situações semelhantes à ocorrida entre o casal do twitcam. Sem citar ainda as degladiações que ocorrem nos comunicadores pessoais, como o MSN, por exemplo.
Lembro de ter lido, em um grande jornal, no inverno do ano passado, uma matéria que já abordava o tema da exposição dos jovens para a webcam. Então, a muito tempo essa sombra paira sobre a internet.
A grande questão é sobre os meios de comunicação. Eles sempre se desenvolveram, sempre se ampliaram. Evoluiram de maneira espantosa, se tornando acessíveis a qualquer ser humano com um pingo de capacidade cerebral. Por um lado, isso é excelente, todos podem divulgar suas ideias e compartilhar seus pensamentos, causa muito nobre! Entretanto, por outro, nem todos têm pensamentos. Dessa forma, o mecanismo que seria o auge, o maior sucesso possível, diante dos anos de luta pela expressão livre de idéias, no caso de uma transmissão pública, ou no encurtamento de distâncias, no caso de uma particular, se torna, impiedosamente, seu maior fardo.
É triste, mas, enquanto houverem meios de comunicação, haverão pessoas que não saberão utiliza-los.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Aeroporto, um mundo peculiar.

Hoje voltei para o freezer, ou Curitiba, como preferir. E, como de costume, o fiz de avião. Entretanto, dessa vez, uma movimentação muito peculiar me chamou atenção no aeroporto de viracopos. Pessoas estressadas são comuns nos aeroportos, elas sempre estão ali, discutindo alguma coisa com o desafortunado operador de check-in, discussão que é conhecida por todos no recinto quando a pessoa é encaminhada à loja da empresa. O clássico percurso check-in - loja, repleto de declarações ácidas, para não dizer outra coisa. Sempre evitei ir às lojas das companhias para evitar contato com esse tipo peculiar de passageiro (o que recomendo que você leitor também faça).
Enfim, dessa vez, em particular, o aeroporto não tinha apenas uma ou outra figura desse tipo, mas várias. Os últimos incidentes ocorridos nas companhias aéreas e todo o fusuê que se propagou era visível na enorme quantidade de pessoas loucas da vida com os póbres funcionários de solo. Quando entrei no aeroporto, notei toda a agitação e logo me dirigi para a fila, para não correr risco de acabar ouvindo algum desabafo, de algum cliente louco da vida... Talvez por ter pensado nisso, que aquela mulher estava ali, logo a minha frente.
Uma moça de uns 30 anos, com cara de quem acorda estressado porquê dormiu deitado, e tem que fazer o esforço de se levantar, começou, no início timidamente, a falar de suas desaventuras com o sistema aéreo... Ao longo da fila de check-in, que não era pequena, a pessoa disse que viajava toda semana, e que sofrera atrasos, e que era insuportável, e que... enfim, tive entretenimento gratuito ao longo de todo meu aguardo para o check-in...
Passado esse instante de amarguras alheias, me vi sózinho novamente, feliz, portanto. Adentrei a sala de embarque e, logo que olhei para o portão, a madame stress estava lá, postada firmemente no balcão da companhia, degladiando-se verbalmente com os operadores de embarque. Claro que fui até o ponto extremo da sala e me sentei para ler, quase confortavelmente, meu livro. Quase porque, como é tradiconal, um casal com uma criatura recém nascida e mal acostumada com o oxigênio se sentou ao lado...
Dessa experiência de hoje, acredito que devo deixar um legado, de bem fácil conclusão: Nunca trabalhe num aeroporto.
Por hoje é só.